Lua de Sangue Segunda Edição - Capítulo 17
⋆⋆⋆⋆⋆⋆⋆⋆⋆⋆⋆⋆⋆⋆⋆⋆⋆⋆⋆⋆ Capítulo 17⋆⋆⋆⋆⋆⋆⋆⋆⋆⋆⋆⋆⋆⋆⋆⋆⋆⋆⋆⋆⋆⋆⋆⋆⋆⋆⋆⋆⋆⋆⋆⋆⋆⋆⋆⋆⋆⋆⋆⋆⋆⋆⋆⋆
-Sabine?- ouço alguém sussurrar -Sabine...
Abro meus olhos rapidamente, olhando ao redor e me assusto ao perceber que estou na floresta.
Levanto-me num pulo,
limpando minhas roupas cobertas de lama e folhas mortas, procuro por
quem me chama, não vejo nada no escuro além das gigantescas árvores
mortais e sombras horripilantes ao meu redor.
-Sabine?- chama a voz
no escuro, dou alguns passos, tentando sair do escuro, indo em direção a
luz da lua, em meio a um circulo de cogumelos. Engulo em seco, pensando
se devo correr até meus pulmões explodirem de volta para o palácio,
essa alternativa me parece ótima a principio.
-Quem está ai!?- grito, posso sentir a sensação do medo subindo pela minha garganta -apareça!
Olho para o meio das
árvores, o chão parece tremer aos passos dos belíssimos garanhões, tendo
em suas costas garotas de aparência ameaçadora, todas vestidas como
Sírinx. Logo atrás, uma mulher parecia pegar fogo, literalmente. Sua
pele era avermelhada e seus olhos eram de um tom de ocre, em seus
cabelos castanhos chamas alaranjadas dançavam entre os fios, era
realmente muito bonita.
Elas param a minha volta, todas as dez garotas me analisam de cima a baixo.
Dou um passo para trás e ela apontam seus arcos em minha direção, logo meu arco aparece em minhas mãos e o miro na que me parece ser a líder delas, era a mais baixa, tinha cabelos e olhos castanhos, com uma pose ameaçadora, estava a frente de todas aquelas garotas.
Ela arqueia sua sobrancelha e da um sorriso debochado.
-O que vocês querem?- pergunto, sem desviar meus olhos daquela garota.
-Sabine- chama a mulher em chamas -a quanto tempo.
-O que?- pergunto, tentando controlar minha respiração descompensada, enxergo-a pela minha visão periférica -quem é você?
-Sou Arabella- diz, se aproximando um pouco mais -mas acho que você me conhece como Gold
Ela sorri.
-A Fênix?- pergunto confusa, finalmente desviando o olhar para ela
-Sim- diz -e essas são Maylla...
Ela gesticula para a garota de cabelos castanhos, que abaixa seu arco e logo em seguida todas as outras fazem o mesmo.
-Amalina- ela aponta para uma garota ruiva de olhos verdes, profundos... era um pouco mais alta que eu, ela mostra um sorriso amigável para mim
-Quércia- a garota
tem cabelos loiros e um pouco desgrenhados, suas orelhas eram pontudas,
tinha olhos castanhos, usava um vestido verde, junto com uma vestimenta
de couro que servia como um colete a prova de balas, só que contra
flechas, Sírinx sempre usava um desses por baixo de sua vestimenta.
Quércia somente me lança um olhar duvidoso e eu a encaro, sem graça.
-Esta é Idália- era
uma garota pequena, com traços simples. Seus cabelos castanhos eram
mais curtos do que os de Maylla, ela usava uma blusa branca e calça
marrom, estava montada em um cavalo branco, ela parecia minúscula perto
dele e mal olha para mim.
-Dakota- também loira e de orelhas pontudas, era linda, sua beleza era hipnotizante -Arys e Calina
Arys era ruiva, usava roupas um pouco surradas, também verdes. Calina era loira e suas orelhas eram quase normais, tinhas apenas uma pequena saliência em sua ponta.
-Dávilla- ela tinha cabelos alaranjados e um olhar penetrante, usava um vestido azul, tinha uma tatuagem em seu braço direito, uma faca? não faço ideia, ela olhava para mim de um jeito que me dava arrepios na espinha.
-Késia- ela mostrava
um olhar doce, tinha cabelos na cor marsala, era a que estava mais
afastada do grupo, ela faz uma reverencia para mim e diz:
-Princesa- então elas sabem quem eu sou... Maylla lança um olhar de reprovação para Késia que se encolhe.
Eu a ignoro e faço uma pequena reverencia para ela, agradecendo.
Ela sorri.
-E esta é Anália-
ela tinha cabelos loiros compridos, seus olhos eram de um azul
hipnotizante, ela usava roupas antigas, era uma das garotas mais
bonitas, suas orelhas eram pontudas e seus dedos eram maiores que o
normal
-Por que eu estou aqui?-pergunto a Arabella
-Sírinx morreu não foi?- pergunta Amalina baixinho
-Sim- respondo abaixando minha cabeça
-Ela era nossa irmã- diz Maylla - somos Caçadoras, ela era uma de nós.
-E o que eu tenho haver com isso?- digo confusa
Ela suspira e olha para Késia.
-No dia em que a lua ficar vermelha...- começa Késia
-E você se tornar vampira...- continua Arys
-O assassino da ninfa retornará- diz Dávilla
-E você o matará- disse Calina
-Para ela voltar a vida- diz Arabella
-Uma guerra isso desencadeará- praticamente cospe Maylla
-O rei cairá- murmura Quércia
-E a Rainha irá reinar- continua Dakota
-Para assim a paz voltar- termina Idália
Eu pisco.
-O que isso quer dizer?- gaguejo
-É uma profecia- diz Arabella - a sua profecia
-M-mas...- começo, sinto como se não fosse capaz de conseguir dizer uma palavra sequer sem gaguejar.
-Você não entendeu nada, não é?- diz Késia sorrindo
-Não- confesso
-Você vai se tornar vampira, matar o assassino da Sírinx, que nós não sabemos quem é...- começa Maylla, mas é interrompida
-Ainda não- diz Quércia
Maylla revira os olhos.
-O que vai começar uma
guerra- continua ela -você vai derrubar Milles, vai se tornar rainha e
depois disso tudo volta como era a trezentos anos atrás antes da
Guerra.
-Hm...- digo
-Ache a profecia e
encontre alguém que saiba onde está a Joia de Cibele- diz Arabella -a
profecia está na Biblioteca de Arcamo, mas precisa ser antes da lua
vermelha sumir, ou não adiantará de nada.
-O que?- digo, mais que droga é essa? penso
Joia de Cibele? Acho que já ouvi falar sobre ela... Mas não faço ideia de onde.
-Você entenderá- diz Késia - boa sorte.
-Ei! Espera, espera, espera!- eu grito, mas elas já haviam sumido e eu estava de pé no meio do meu banheiro.
⛤⛤⛤
O sol já está
aparecendo quando saio do banheiro, não consegui dormir nem um pouco,
Max estava certo, sinto medo até de fechar meus olhos.
Encaro com desgosto o
meu reflexo no espelho, tentando desesperadamente me recompor, se há uma
chance de trazer Sírinx de volta preciso agarrar essa oportunidade com
unhas e dentes, talvez assim eu possa consertar meu erro, repasso
detalhadamente minha conversa com as Caçadoras em minha cabeça, o máximo
que consigo.
No dia em que a lua ficar vermelha
E você se tornar uma vampira
O assassino da ninfa voltara
E você o matará
Para ela voltar a vida
Uma guerra isso desencadeará
O Rei cairá
E a Rainha irá reinar
Para assim a paz voltar
Ando de um lado para o outro, meu estômago se revira ao pensar em Milles, ainda sinto as dores de quase morrer com o crânio amassado por ele, me sentir perdida é uma droga, não faço ideia do que fazer. Não quero errar, meus últimos erros tiveram consequências terríveis. Só quero fazer a coisa certa.
Bufo quando sinto que minha cabeça está prestes a explodir.
Preciso achar Luna e Leon.
Odeio esses vestidos
lustrosos do meu armário, sinto vontade de rasga-los, respiro fundo e
devagar antes de vestir um shorts jeans e uma regata branca e sair porta
afora.
⛤⛤⛤
Vou até a biblioteca do
palácio para tentar descobrir como posso achar essa tal de Joia de
Cibele, mas tudo o que consigo encontrar são livros velhos e cheios de
mofo, a maioria no alfabeto bruxo, muitos milhares de livros de
feitiçaria, alguns sobre plantas, outros sobre táticas militares. Tudo
menos algo sobre a Biblioteca.
-Posso ajudar?- pergunta o homem alto, Aaron, depois de me ver bufar pela milésima vez.
-Sim, por favor- digo
muito grata, coloco o enorme livro que estava em minhas mãos de volta na
prateleira -gostaria de saber onde a Biblioteca de... Aramo, Balsamo...
-Arcamo?- diz contendo uma risada.
-Isso, Arcamo- digo sorrindo -onde fica?
-Bom, essa é uma coisa que eu não sei responder- diz enquanto organiza as pilhas de livros.
-Por que...?
-Ela não existe, é apenas uma lenda- diz sem nunca parar de sorrir, quase pude ouvir a risada estrondosa que o universo estava dando para mim, sinto meu rosto murchar -onde você ouviu falar nela?
-Não tenho certeza- digo, prendendo meu cabelo, frustrada
-Então, vamos
ver se achamos algum livro sobre a Biblioteca- diz se dirigindo a um
mecanismo de ferro com várias letras -escreva o assunto que você quer
achar e os livros aparecerão
-Obrigada- digo enquanto escrevo com cuidado a palavra Arcamo, logo depois as prateleiras começam a tremer e apenas um livro aparece.
-Bem, aqui está- diz Aaron - IHM...
-Como?- pergunto
-IHM- diz sorrindo -Introdução a História Mágica, nunca o li, mas deve ser bom...
-Obrigada- digo, ainda mais confusa
-Não há de que- ele aperta minha mão - se me der licença, tenho que organizar alguns livros
-Ah, sim, claro- eu já estava de saída quando Aaron grita:
-Ah, senhorita, não venha a biblioteca durante a noite, os fantasmas ficam agitados, e isso não é nada agradável...
-Os o que?!- digo atônita
-Fantasmas- diz com naturalidade -dos livros, pesquise depois, com licença...
Ele sorri e saiu em direção as uma pequena porta, sumindo de vista.
Após sair da biblioteca do palácio fui para minha biblioteca''particular'' e me sentei no chão.
Não achei nada que falasse diretamente sobre a Biblioteca de Arcamo, apenas sobre a Família Arcamo.
''A Família Arcamo
era uma família de humanos que habitavam o Mundo Sobrenatural, ela era
composta por três grandes escritores que colecionavam profecias.
Stella Arcamo era esposa de Gabriel Arcamo e mãe de Melissa.
Os Arcamo tinham posse de uma das maiores bibliotecas do Mundo Sobrenatural que fora batizada com o sobrenome da família, nela se encontravam as grandes profecias e as mais antigas, além de inúmeros feitiços, tanto sobre magia branca quanto magia negra.
No ano de 1719, ano
da Grande Guerra, a família Arcamo foi extinta por um ataque bruxo,
estudiosos da história mágica acreditam que essa biblioteca esteja
perdida, outros dizem que esta é apenas uma história...''
Xingo alto enquanto enfio a cabeça nas páginas, ideia horrível a propósito, tenho um acesso de espirros, um atrás do outro.
Como é que eu vou achar essa droga de biblioteca!?
Dou uma olhada
rápida pelas páginas do livro até que o mesmo escapa de minhas mãos e
caí no chão, fazendo um barulho horrível.
Reviro os olhos e o puxo
para perto de mim para conseguir pega-lo, então vejo um nome conhecido,
escrito ao lado esquerdo do livro.
-Coincidência, não?- digo ironicamente olhando para o teto, então sorrio
Até que sinto um estalo em minha cabeça, então me levanto e vou correndo para os corredores.
Pergunto por ela a
algumas pessoas que esbarro no caminho, me chocando contra algo que eu
pensava ser uma parede, mas era apenas Leon.
Ele se vira com um olhar irritado, me segurando antes que eu caia, quando percebe que sou apenas eu seu olhar de suaviza.
-Oi- digo ainda zonza pela quase queda.
-Oi ruiva- antes de voltar a andar, seja lá pra onde for - tá fazendo o que?
-Procurando pela Ari
-Por que?- Leon vira um corredor, entrando em um quarto abarrotado.
-Eu te explico depois, mas eu preciso de ajuda, você sabe algo sobre a Biblioteca de Arcamo?
-Sim, sei que é uma lenda, porquê?- diz enquanto tira um canivete de sua bota, arqueio minhas sobrancelhas ao perceber que estou em seu quarto.
-Eu explico depois- digo, dando um passo para voltar ao corredor
-Pode entrar- ele diz com uma risada -eu não me importo.
Mas eu me importo,
penso, mas volto para dentro mesmo assim, fechando a porta atrás de mim,
encarando os uniformes espalhados na minúscula cama no canto do
quarto, que mais parece um armário de vassouras, alguns mapas estão
colados na parede, armas em outro canto, perto de outras roupas mais
normais, não me surpreendo por seu quarto ser assim.
-Pode sentar se quiser- diz acenando com a cabeça para a cama, parecendo um pouco envergonhado pela bagunça
-Você cabe mesmo aqui?- pergunto encarando a cama, sentando na mesma.
-Meus pés ficam para fora, mas da pra dormir- rio ao pensar na cena.
Leon se vira para trocar a camisa, tirando o uniforme de couro sujo e totalmente acabado.
-O que estava fazendo?- pergunto, tentando me distrair de seu corpo anguloso, péssimo momento para um ataque de hormônios Sabine, péssimo momento.
-O mesmo que faço todos os dias- zomba e eu reviro meus olhos, Leon enfia uma blusa branca, virando-se novamente para mim, se apoiando em um tipo de mesa que uma de suas pernas quebradas.
-Seu quarto parece um chiqueiro- provoco-o, Leon balança a cabeça e olha em volta.
-Desculpe se meu quarto não é tão bom quanto o seu, vossa alteza- ele alfineta e fecho a cara, antes de sorrir novamente
-Cale a boca- brinco, antes de sentir minhas bochechas arderem por motivo algum
-Estava fazendo a ronda do palácio junto com outros soldados, treinando alguns, o que eu faço todos os dias- diz enquanto tira uma mecha de cabelo dos olhos.
Desvio o olhar de seu rosto para os mapas atrás dele, sorrindo timidamente.
-Entendi- murmuro, encarando todos os cantos do quarto, menos para seu rosto.
-Não está com fome?- ele pergunta e eu nego com a cabeça -pode pelo menos olhar pra mim?
-Desculpe- sussurro, encarando seus olhos dourados, sorrindo um pouco -não estou com fome
Ele afirma com a cabeça, andando pelo espaço pequeno do quarto e eu me sinto inquieta, mexo minhas mãos com mais frequência que o normal, minhas palmas estão suadas, me levanto num pulo, com o plano de ir até a porta e sair, mas como o imprevisto, esbarro com Leon, que revira os olhos antes de eu me sentar de novo.
-O que deu em você?- ele pergunta e eu acredito que aquele beijo não teve o mesmo efeito em nós dois, sinto algo estranho em meu peito, até eu me surpreendo de quão estúpida eu consigo ser.
-Não foi nada- murmuro, me levantando, pronta para sair dali a qualquer custo -te vejo mais tarde Leon.
-Não vai fugir de mim-
alega, segurando meu pulso com delicadeza, mas forte o suficiente para
me impedir de continuar -olha me desculpa, tá?
-Pelo o que?- pergunto, confusa.
-Santa merda!- ele xinga e eu arqueio minhas sobrancelhas -não devia ter beijado você a força, eu sei que não devia, por que agora você mal fala comigo direito sem ficar sem graça.
-Você me beijou a força?- repito, confusa, e eu pensava que estava surtando, Leon apenas ignora minha pergunta.
-Me desculpa tá?! É só que... você me deixa doido, minha cabeça parece que vai explodir quando você fica perto de mim e isso é um saco, isso não é uma desculpa, é só o que eu penso. Eu fui um idiota, eu sei e me crucifique se quiser, fico o mais longe de você se me pedir- ele respira fundo antes e soltar minha mão, eu o seguro de volta, sem perceber e encaro seu rosto, tentando não rir de sua expressão.
-Leon, respire- sorrio e ele me encara, negando com a cabeça
-Você me deixa doido de verdade- diz enquanto arqueia as sobrancelhas.
-Não estou brava por isso, não estou nem chateada, então pare de surtar- brinco -está até se parecendo comigo.
Ele revira os olhos, antes de sorrir um pouco.
-Você é estranha, muito estranha
-Obrigada- respondo, e olho para minha mão, ainda agarrada ao pulso de Leon -não quero que vá para longe de mim, fique o mais perto que conseguir, assim eu me sinto melhor.
-O mais perto que eu conseguir?- repete e sinto meu coração dar cambalhotas em meu peito, Leon parece estar do mesmo jeito.
-Isso- murmuro, perdida no ouro líquido de seus olhos, a neblina em minha mente volta, do mesmo jeito que apareceu aquele dia no corredor.
Leon passa seus dedos por meu rosto suavemente, fecho meus olhos para apreciar o carinho, passando para minha nuca.
-Prometo que não vou a lugar nenhum- diz e eu acredito cegamente nisso.
Abro meus olhos devagar,
Leon está extremamente perto agora, sinto seu hálito doce dançar em meu
rosto, suas pupilas dilatadas me encaram de um jeito diferente,
encarando meus lábios com luxuria, o ar fica preso em minha garganta,
seu toque causa arrepios por todo meu corpo.
Volto para a realidade quando seus dedos deixam minha pele, Leon se encosta de novo em sua mesa manca e eu engulo em seco.
-Por que estava procurando Ari mesmo?- ele me pergunta, passando a mão em sua nuca.
-Ah, isso- digo, com a voz afetada, sorrindo sem jeito
Eu explico tudo a ele toda a história desde quando eu fui ''teletransportada'' para Floresta e sobre a profecia.
-Acredita mesmo nelas?- me pergunta desconfiado.
-Acredito- eu confirmo -por isso tenho que falar com Ari.
-Primeiro as damas então- diz, enquanto abre espaço para eu sair de seu pequeno quarto.
-Muito cavalheiresco da sua parte- brinco.
-Não se acostume- zomba, me seguindo.
⛤⛤⛤
-Foi você que escreveu isso?- digo mostrando o livro para Ari
-Sim, por quê?- diz sem se desconcentrar enquanto organizava algumas folhas.
-Precisamos saber aonde fica- diz Leon
-Impossível- diz Ari -ela foi destruída à séculos.
-Então você acredita que ela existia?- pergunta Leon, finalmente acreditando
-É óbvio- diz ela finalmente olhando para ele
-Mas você não tem nenhuma ideia de onde ela ficava?
-Eu já disse que não- disse com impaciência -mas, conheço alguém que talvez, eu disse talvez, possa ajudar vocês.
-Quem?- pergunto, acompanhando seus passos apressados.
-Vocês vão ver-
-Preciso avisar Luna- aviso
-Vá com a Ari, eu acho
ela e explico tudo- diz Leon, seguindo em direção oposta a nossa,
paramos de andar enquanto ele se afasta.
-Tudo bem- respondo.
Ele pisca para mim, o que fez meu coração dar cambalhotas.
-Vamos- ordena Ari batendo aqueles saltinho no chão.
Olho para trás e vejo Leon começar a descer as escadas, ele olha para mim e sorri.
Faço o mesmo e então sigo Ari.
⛤

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